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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O 'coletivo' em busca de uma cidade segura

http://policiaedireitoshumanos.blogspot.com/2011/09/visao-de-uma-cidade-segura.html#more

A visão de uma cidade segura

Falar sobre segurança pública é muito fácil, qualquer um pode falar com base no seu referencial. Afinal, todos nós, profissionais da segurança ou não, temos nosso ideal de um sistema de segurança que funcione, ou melhor, que nos transmita SEGURANÇA!
Constantemente estamos vislumbrando o que podemos fazer pra melhorar o nosso pequeno círculo de vida: nossa casa, trabalho, centro de estudos, o em torno da família. Não pensamos absolutamente como coletividade, o problema do vizinho é dele, o meu é meu. Raras são as exceções. Nesse sentido, cada segmento social procura a seu modo trabalhar com o intuito de garantir parcela de segurança adequada ao seu espaço. Esse é exatamente o problema. Não podemos trabalhar (como profissional da área) sem a ajuda da sociedade. Não temos olhos em todos os lugares e com certeza, não somos onipresentes. 
Segurança é sentimento coletivo, macro. Precisamos pensar como parte dessa realidade macro de segurança se quisermos, um dia, acreditar que alcançaremos um degrau do nosso ideal.

A visão de uma cidade segura
Um projeto bem-sucedido de cidade segura é, necessariamente, um projeto coletivo
Por Paula Miraglia - http://ultimosegundo.ig.com.br/colunistas em 15/09/2011 11:19

Na última segunda-feira (12), teve início em Johannesburgo a "semana da segurança", uma série de atividades organizadas pelo governo local, incluindo consultas públicas, que devem pautar as políticas de segurança pública da cidade nos próximos anos.
A democracia sul-africana tem uma trajetória bastante distinta da brasileira e seus atuais desafios econômicos e sociais são igualmente diferentes daqueles enfrentados no Brasil. Isso não impede, no entanto, que Johannesburg partilhe muitas características dos grandes centros urbanos brasileiros: pode ser descrita como uma cidade fragmentada, onde certos bairros são segregados e concentram a maioria dos crimes.

Grupos sociais particularmente vulneráveis como mulheres ou jovens, falta de infraestrutura, profundas desigualdades econômicas e sociais e fácil acesso a armas de fogo completam o quadro de similaridades. E, assim como no Brasil, tudo isso convive com ilhas de segurança em bairros residenciais ricos, onde empresas de vigilância particular, muros altos e cercas elétricas proliferam.
Uma parte importante do planejamento do que seria uma cidade segura é a capacidade de visualizá-la.
É interessante como durante o processo de consulta em Johannesburgo a visão daquilo que seria uma cidade segura varia entre grupos sociais, faixa etária e gênero e não necessariamente está associada a medidas tradicionais de segurança tais como a atuação policial ou do Sistema de Justiça criminal.
Entre as imagens presentes no debate estavam uma cidade onde as mulheres possam voltar do trabalho ou saírem à noite para estudar sem medo de serem vítimas de violência ou uma cidade onde as famílias tenham mais ambientes de lazer.
Reformas no espaço urbano capazes de proporcionar maior mobilidade, acesso à cidade e aos seus equipamentos públicos ou melhor iluminação também aparecem como contribuições para aumentar o sentimento de segurança. Em alguns bairros, a escola foi apontada como o centro de uma comunidade saudável e segura.
Tão importante quanto a diversidade de visões, um processo de consulta como esse deixa claro que um projeto bem-sucedido de cidade segura é, necessariamente, um projeto coletivo.

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