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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O 'coletivo' em busca de uma cidade segura

http://policiaedireitoshumanos.blogspot.com/2011/09/visao-de-uma-cidade-segura.html#more

A visão de uma cidade segura

Falar sobre segurança pública é muito fácil, qualquer um pode falar com base no seu referencial. Afinal, todos nós, profissionais da segurança ou não, temos nosso ideal de um sistema de segurança que funcione, ou melhor, que nos transmita SEGURANÇA!
Constantemente estamos vislumbrando o que podemos fazer pra melhorar o nosso pequeno círculo de vida: nossa casa, trabalho, centro de estudos, o em torno da família. Não pensamos absolutamente como coletividade, o problema do vizinho é dele, o meu é meu. Raras são as exceções. Nesse sentido, cada segmento social procura a seu modo trabalhar com o intuito de garantir parcela de segurança adequada ao seu espaço. Esse é exatamente o problema. Não podemos trabalhar (como profissional da área) sem a ajuda da sociedade. Não temos olhos em todos os lugares e com certeza, não somos onipresentes. 
Segurança é sentimento coletivo, macro. Precisamos pensar como parte dessa realidade macro de segurança se quisermos, um dia, acreditar que alcançaremos um degrau do nosso ideal.

A visão de uma cidade segura
Um projeto bem-sucedido de cidade segura é, necessariamente, um projeto coletivo
Por Paula Miraglia - http://ultimosegundo.ig.com.br/colunistas em 15/09/2011 11:19

Na última segunda-feira (12), teve início em Johannesburgo a "semana da segurança", uma série de atividades organizadas pelo governo local, incluindo consultas públicas, que devem pautar as políticas de segurança pública da cidade nos próximos anos.
A democracia sul-africana tem uma trajetória bastante distinta da brasileira e seus atuais desafios econômicos e sociais são igualmente diferentes daqueles enfrentados no Brasil. Isso não impede, no entanto, que Johannesburg partilhe muitas características dos grandes centros urbanos brasileiros: pode ser descrita como uma cidade fragmentada, onde certos bairros são segregados e concentram a maioria dos crimes.

Grupos sociais particularmente vulneráveis como mulheres ou jovens, falta de infraestrutura, profundas desigualdades econômicas e sociais e fácil acesso a armas de fogo completam o quadro de similaridades. E, assim como no Brasil, tudo isso convive com ilhas de segurança em bairros residenciais ricos, onde empresas de vigilância particular, muros altos e cercas elétricas proliferam.
Uma parte importante do planejamento do que seria uma cidade segura é a capacidade de visualizá-la.
É interessante como durante o processo de consulta em Johannesburgo a visão daquilo que seria uma cidade segura varia entre grupos sociais, faixa etária e gênero e não necessariamente está associada a medidas tradicionais de segurança tais como a atuação policial ou do Sistema de Justiça criminal.
Entre as imagens presentes no debate estavam uma cidade onde as mulheres possam voltar do trabalho ou saírem à noite para estudar sem medo de serem vítimas de violência ou uma cidade onde as famílias tenham mais ambientes de lazer.
Reformas no espaço urbano capazes de proporcionar maior mobilidade, acesso à cidade e aos seus equipamentos públicos ou melhor iluminação também aparecem como contribuições para aumentar o sentimento de segurança. Em alguns bairros, a escola foi apontada como o centro de uma comunidade saudável e segura.
Tão importante quanto a diversidade de visões, um processo de consulta como esse deixa claro que um projeto bem-sucedido de cidade segura é, necessariamente, um projeto coletivo.

SINDROME DE SJOGREN - Vamos divulgar

Milhares de pessoas são acometidas por essa síndrome e não sabem o que se passa com elas, pois é uma enfermidade de difícil diagnóstico.  Fazem tratamentos diversos que nada resolvem. Sofrendo por muitos anos até que descubram o que realmente têm.
Estou divulgando a SINDROME DE SJOGREN, a pedido da amiga Valéria, que mesmo em meio à sua dor, ainda tem vontade e energia de contribuir para que outras pessoas encontrem a solução o mais rapidamente possível, a fim de minimizar o que passam procurando um médico e começarem o tratamento direcionado adequado.

Tânia




SINDROME DE SJOGREN

http://www.medicinageriatrica.com.br/2008/12/01/saude-geriatria/1990/


Categoria(s): Sem categoria
 

1/12/2008 - 00:01 

Por: Dr. Armando Miguel Jr


A síndrome de Sjögren (SS) é uma desordem inflamatória crônica, auto-imune, caracterizada por infiltração linfocítica das glândulas exócrinas, em particular das glândulas lacrimais e salivares e de tecidos extraglandulares.

A doença afeta mais mulheres que homens (9:1), com faixa etária variando entre os 17 e 75 anos. O exato impacto da morbidade e da mortalidade da SS na população geral é desconhecido.

Os paciente portadores de SS (ceratoconjuntivite sicca primária) geralmente não comentam sobre a falta de saliva e lágrima, a não ser quando perguntado a respeito, e nem relacionam este achado com os problemas osteoarticulares. Aproximadamente 35% a 38% dos indivíduos idosos referem sensação de olho e boca secos, respectivamente. No entanto, apenas 10% destes pacientes apresentam evidências objetivas de redução da produção lacrimal e salivar, e 0,04% a 2,7% apenas preenchem critérios para SS.

Xeroftalmia - Os sintomas oculares da SS ocorrem secundariamente à atrofia do epitélio secretório das glândulas lacrimais maiores e menores e à interrupção da sua inervação neurovascular. Queixas de xeroftalmia são muito mais comuns do que uma ceratoconjuntivite seca evidente.



Os pacientes com ceratoconjuntivite seca apresentam diminuição do componente aquoso da lágrima. O desequilíbrio entre a secreção aquosa e a mucinosa da lágrima leva a um relativo aumento da secreção mucinosa, clinicamente notado como um muco aderente que pode ser observado no olho dos pacientes. Na xeroftalmia grave pode ocorrer uma ceratite filamentosa importante e os filamentos provocarem sensação de corpo estranho que tende a progredir.

O sintoma mais característico é a sensação de queimação que se agrava com o passar do dia e alivia com a instilação de lágrimas artificiais. Fotossensibilidade não é comum a menos que a ceratoconjuntivite seja grave; sua presença deve alertar para a possibilidade de uma uveíte anterior de outra etiologia.

Pode ocorrer ainda blefaro-espasmo, edema corneal, conjuntivite e blefarites.

Os pacientes acometidos têm dificuldade de tolerar lentes de contato, ar condicionado e problemas nos climas secos e quentes.

A formação insuficiente da lágrima pode ser comprovada pelo teste de Schirmer, que é feito com um papel filtro especial colocado em contato com a lágrima.

Sintomas de secura nos olhos e na boca, mialgias e fadiga são extremamente comuns na população geral associados com ansiedade, depressão, efeitos colaterais de medicamentos (antidepressivos tricíclicos e alguns medicamentos para resfriados e certas cardiopatias) e, muitas vezes, com doenças que cursam com disfunção do sistema nervoso autonômico.



Xerostomia - A xerostomia é considerada critério de difícil definição e mensuração, podendo ocorrer em outras condições:

1. temporárias - uso de anti-histamínicos etc.; infecções bacterianas e virais, em especial caxumba; de sidratação; depressão e síndrome do pânico;

2. crônicas - antidepressivos, diuréticos, clonidina, anticolinérgicos, neurolépticos etc.; doenças granulomatosas tais como sarcoidose, lepra, tuberculose; amiloidose; infecção por HIV; doença do enxerto versus hospedeiro; fibrose cística; diabetes mellitus não controlada;

3. outras - radioterapia, trauma ou cirurgia em cabeça e pescoço; glândulas malformadas ou ausentes.

Ocorre aumento de parótida, mas freqüentemente não é detectado, pelo médico que não procura por este achado.

A SS artralgia de pouca intensidade, mas pode ser confundida com dores da atividade esportiva.

Diagnóstico - Os pacientes com síndrome de Sjögren apresentam fator reumatóide e anticorpos antinucleares no sangue (FAN). Freqüentemente ocorre elevação dos níveis de imunoglobulina, resultando em velocidade de hemossedimentação elevada, assim, como anti-SS-A/Ro e antiSS-B/La.

Tratamento - No tratamento dos olhos e boca ressecados pode ser usado agonistas dos receptores muscarínicos, o que sugere o bloqueio reversível da ação de citocinas das conexões neurais aferentes das glândulas pode ter papel importante no controle desses sintomas.

Síndrome de Sjögren secundária - A SS secundária (SSS) ocorre em 15% a 40% dos pacientes com artrite reumatóide (AR) e em cerca de 8% a 30% dos pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (LES).

Manifestações sistêmicas da síndrome de Sjögren

Geral– Fadiga, mal estar e febre.

Olho, ouvido e garganta – epistaxe, otite media, distúrbios da condução auditiva, surdez, zumbido, sinusite recorrente, língua com aspecto de língua de jacaré.

Gastrointestinal – distúrbios da motilidade esofágica, refluxo, gastrite atrófica, pancreatite autoimmune, doenças hepaticas.

Genitourinário – uretrite, cistite, vagina seca

Hematológica – anemia, leucopenia, linfopenia, crioglobulinemia, linfoma.

Neurológica – neuropatia periférica, neuropatia dos nervos cranianos, nevralgia do trigêmeo, envolvimento do sistema nervoso central.

Respiratória – xerotraqueite, bronquite e pneumonia recorrente, pneumonia lintersticial linfocítica, fibrose pulmonary, bronquiestasia, bronquite obliterante com pneumonia em organização (BOOP).

Renal – nefrite intersticial, hipostenúria, acidose tubular renal tipos 1 e 2.

Reumatologia – artralgias, poliartrites, mialgias, miosites, fenômeno de Raynaud.

Pele – pele seca (xerodermia), púrpura, urticária, vasculite.

Referências:

Price EJ, Venables PJ - The etiopathogenesis of Sjögren´s syndrome - Semin Arthritis Rheum. 1995;25:117-133.

Creamer, P & Hochberg, MC - Classification and diagnosis of Sjögren’s syndrome. Up To Date, 8 (2), p. 1-6, 2000.

Reveille, John D. and Frank C. Arnett. 1992. The Immunogenetics of Sjogren’s syndrome. Rheumatic Disease Clinic of North America 18(3): 539-50.

Dermis Dermatology Internet Service. 1998. Sjogren’s syndrome. Unversity of Erlangen Nurnberg. 6 April 2000 [on line]

Sjogren’s Syndrome Foundation. [on line]

Sjogren’s Syndrome Research Centre. [on line]

Veja - Síndrome do olho seco

terça-feira, 20 de setembro de 2011

CRACK - Uma questão de segurança e de saúde pública

http://veja.abril.com.br/noticia/saude/crack-e-a-droga-ilicita-mais-usada-no-estado-de-sao-paulo

30% dos prefeitos de SP dizem que o crack é a droga ilícita mais consumida em seu município

Resposta consta de pesquisa da Assembleia Legislativa. Em segundo lugar entre as drogas ilícitas vem a cocaína, depois a maconha e as drogas sintéticas. Álcool é a primeira entre as lícitas

Natalia Cuminale

Jovem de 16 anos acende cachimbo de crack, na rua dos Gusmões, região da nova cracolândia, no centro de São Paulo (Apu Gomes/Folhapress) 

O crack é a droga ilícita mais presente nos municípios do estado de São Paulo, segundo levantamento divulgado nesta terça-feira pela Assembleia Legislativa de São Paulo. A pesquisa mostrou ainda que a maioria das cidades do estado, 79%, não possuem leitos hospitalares do Sistema Único de Saúde (SUS) para receber dependentes químicos. Os dados foram coletados pela Frente Parlamentar de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas. A única droga mais usada que o crack é o álcool, que é lícito.

Droga mais usada

% de respostas dos munícipios paulistas

  1. • Álcool - 49%
  2. • Crack - 31%
  3. • Cocaína - 10%
  4. • Maconha - 9%
  5. • Drogas sintéticas - 0,59%
Para a pesquisa, foram enviados questionários com dez perguntas para os prefeitos de 645 municípios do estado. Os gestores de 325 cidades – onde se concentra 76% da população do estado – responderam às questões. A pesquisa mostrou que a utilização do crack ocorre em todos os municípios pesquisados.
Entre as questões, gestores responderam quais eram as drogas mais presentes em cada município. No topo do ranking, o álcool respondeu por 49% do total. Já o crack apareceu em segundo lugar, com 31% do total das respostas – seguido por cocaína, maconha e drogas sintéticas.
Segundo a pesquisa, o avanço do crack é mais acentuado em municípios com população entre 50 mil e 100 mil habitantes. Em regiões como Barretos, Ribeirão Preto e São José dos Campos, o crack aparece empatado com o álcool, ambos com 38% das respostas.
Do total de pesquisados, 63% dos prefeitos disseram que não ajudam financeiramente instituições ou entidades comunitárias que atendem dependentes químicos. Outro dado mostra que somente 5% dos municípios pesquisados recebem recursos do governo estadual para o enfrentamento do crack e outras drogas. Além disso, apenas 12% recebem verba do governo federal para o combate às drogas.
A pesquisa mostrou ainda dados com o perfil do dependente químico atendido pelo SUS. Segundo os resultados, 80% dos usuários se encontram na faixa etária entre 16 e 35 anos. Nos municípios com população entre 5 mil e 100 mil habitantes, 57% dos usuários estão na faixa etária entre 16 a 25 anos. O que, segundo a pesquisa, demonstra que o problema está mais acentuado entre os mais jovens.

A diferença abissal entre ensino público e privado no Brasil também se reflete no quesito segurança


segunda-feira, 19 de setembro de 2011

http://policiaedireitoshumanos.blogspot.com/2011/09/diferenca-abissal-entre-ensino-publico.html



Gostaria de aproveitar a oportunidade para fazer algumas considerações que me parecem pertinentes em relação ao momento em que vivemos na área de Segurança Pública.
Invariavelmente ouvimos,do poder público estadual,que a Polícia de São Paulo é a melhor do Brasil, pois bem,  se analisarmos profundamente a questão poderemos observar que isso não serve de parâmetro a qualquer órgão de segurança de uma grande metrópole, haja vista que as condições sócio-econômicas encontradas em nosso estado em comparação com Acre, Pará, Piauí, etc, são diametralmente opostos.
Todavia, as condições de trabalho, formação e modernização do aparato policial, não nos parece adequado diante da crescente demanda por segurança frente a inércia e a estagnação do trabalho policial, pois podemos afirmar que a situação não se encontra pior em termos de demonstração de ineficiência em razão da explícita ausência de concorrência.
Porém, devemos imaginar que a velocidade com que a sociedade se moderniza essa realidade de concorrência pode mudar, ou seja, efetivamente novas empresas de segurança poderão surgir com propostas bem diferentes da atualmente existentes, como poderemos constatar com o texto postado a seguir, onde uma empresa privada é responsável por levantamento que deveria ser privativa dos órgão de segurança estatal e dissemina técnicas e soluções.


A diferença abissal entre ensino público e privado no Brasil também se reflete no quesito segurança

 

Só 17,8% das escolas da rede oficial têm câmeras instaladas, ante 72% no caso dos colégios particulares

por Branca Nunes - em 05/05/2011

Para Ricardo Chilelli, especialista em análise e gestão de risco, a instalação de detectores de metal nas escolas, como sugere o projeto de lei do deputado Sandro Mabel (PR-GO), é uma proposta “cara, invasiva, contraproducente e inviável”, típica daqueles que pouco entendem de segurança.


A desigualdade social no Brasil não se reflete apenas na qualidade do ensino. Está presente também na segurança das escolas. São pouquíssimos os colégios públicos que possuem ao menos dois dos quatro itens considerados básicos para garantir a integridade física dos alunos: a instalação de câmeras externas e internas, a existência de porteiros ou seguranças, um controle de acesso eficaz e o monitoramento dos alunos problemáticos. Embora os colégios particulares brasileiros deixem bastante a desejar quando comparados com os de Madri, Londres ou Nova York (ver tabelas), o que mais impressiona é a diferença abissal entre os números do ensino público e privado no país.
Uma pesquisa realizada pela RCI First Security and Intelligence Advising, empresa de segurança privada sediada em Nova York, responsável pela elaboração de diversos projetos de segurança para colégios e universidades dos Estados Unidos nos últimos cinco anos, escancarou algumas carências das escolas brasileiras. Enquanto 17,8% das escolas públicas do Brasil têm algum tipo de câmera de segurança (8,4% também têm câmeras externas), o número sobe para 72% nas particulares (25,8% externas) – o monitoramento acontece em apenas 1,8% das escolas públicas e em 38,1% das particulares.
Os números são endossados por informações do governo de São Paulo, um dos estados mais bem equipados do Brasil. Das quase 5.300 escolas estaduais paulistas, cerca de 400 possuem algum tipo de câmera (7,5%). Outras 300 devem ganhar o sistema nos próximos meses. Nas escolas municipais, as câmeras estão instaladas em 397 das 2.494 unidades (15%).
O controle de acesso feito por seguranças, porteiros ou os chamados bedéis existe em 73,8% das escolas públicas e em 99,9% das particulares (especialistas em segurança não trabalham com o número 100%). Cartões magnéticos ou catracas estão presentes em 2,1% das públicas e 38,7% das particulares. A biometria, principalmente com impressão digital já existe em 0,05% e 7,5%, respectivamente. São Paulo têm 23.000 agentes estaduais (média de quatro para cada escola) que – entre outras funções – coordenam a entrada e a saída de estudantes.

O Brasil e o mundo – Outra revelação da pesquisa da RCI First: no Brasil, ao contrário de outros países do mundo, é imensa a diferença entre a segurança nas instituições de ensino públicas e nas particulares. Em cidades como Londres, Madri e Hamburgo, expostas ao risco permanente de atentados terroristas, 89,2% dos colégios públicos e 92,1% dos particulares têm câmeras de segurança. Nos dois casos, o controle de acesso é de 99,9%. Nas escolas americanas, preocupadas principalmente com episódios semelhantes ao da escola Tasso da Silveira, em Realengo, as câmeras estão em 78,6% e 85,2% das escolas públicas e particulares, respectivamente. Os projetos de análise e gestão de risco, em 97,6% e 97,7%, e o banco de dados dos alunos problemáticos existe em 83,8% e 84,3% dos colégios.
“O ideal é que uma escola tenha pelo menos dois desses sistemas integrados”, afirma Ricardo Chilelli, especialista em análise e gestão de risco e diretor-presidente da RCI First. “A segurança feita por pessoas erra, mas consegue analisar as especificidades de cada caso. A tecnologia acerta, mas é fria.” Para Chilelli, a instalação de detectores de metal, como sugere o projeto de lei do deputado Sandro Mabel (PR-GO), é uma proposta “cara, invasiva, contraproducente e inviável”, típica daqueles que pouco entendem de segurança. “Será que as pessoas têm noção de quantos objetos de metal existem na mochila de um estudante?”, pergunta.
Outro equívoco evidente, segundo o especialista, é a realização de mais um plebiscito para saber se a população aprova ou não a comercialização de armas de fogo. “A arma não é o problema”, diz. “O problema é quem aperta o gatilho. É a mesma coisa que querer parar de vender automóveis por causa das mortes no trânsito. Essa campanha só servirá para desarmar o cidadão de bem.”
O caso de Realengo – Especialistas em segurança garantem que, caso houvesse professores treinados para lidar com alunos problemáticos e um bom projeto de análise e gestão de risco, tragédias como a de Realengo, não seriam evitadas, mas suas conseqüências poderiam ter sido menos dramáticas. Além de mal posicionadas e com imagens pouco nítidas, as câmeras instaladas no colégio de Realengo não eram monitoradas, o que impediu a tomada rápida de decisões. Até a chegada da polícia, Wellington Menezes de Oliveira atirou livremente por 20 minutos. Mesmo que nem todas as mortes pudessem ser evitadas, algumas das doze crianças poderiam ter sobrevivido.
“As câmeras de segurança têm a função de inibir e prevenir o crime”, explica Chilelli. “No Brasil, elas estão sendo usadas para solucionar o crime e ajudar no reconhecimento dos criminosos.”
Wellington entrou na escola, caminhou até a biblioteca e seguiu tranquilamente para as salas de aula. Isso mostra a deficiência no controle de acesso. O matador também não teve assistência psicológica na época em que era estudante. Isso mostra que diretores, funcionários e corpo docente ainda estão longe de saber lidar com vítimas de bullying e pessoas com sintomas de desequilíbrio mental.
Bullying - Quase 13% das escolas particulares têm um banco de dados que monitora os alunos considerados problemáticos, de acordo com os dados da RCI First. Embora não se saiba de nenhuma escola pública que mantenha um registro físico desses estudantes, o monitoramento se baseia em conversas entre professores, funcionários e diretores. “Toda escola sabe quem pratica e quem sofre bullying, quem são os alunos extrovertidos, os mais calados, os problemáticos”, observa Chilelli. “A organização de encontros periódicos para falar sobre esse assunto cria um banco de dados informal tão eficiente quanto o computadorizado.”
Um estudo promovido pelo serviço secreto americano e divulgado pelo psiquiatra Timothy Brewerton indicou que nos últimos 66 ataques em escolas que aconteceram no mundo (70% deles nos Estados Unidos), 87% dos atiradores haviam sofrido bullying. Brewerton, que tratou de alguns sobreviventes do massacre de Columbine (no qual treze pessoas morreram em 1999), acredita que cabe aos educadores identificar crianças com transtornos comportamentais que possam desmbocar em violência. Essa opinião é avalizada por Marlene Snyder, diretora de desenvolvimento do programa anti-bullying do instituto Olweus, pioneiro no estudo e na prevenção de bullying nos EUA.
Para treinar os professores a lidar com o problema, o governo paulista preparou um Manual de Proteção Escolar e Promoção da Cidadania. “Uma vez que as crianças e adolescentes vítimas do bullying tendem a manifestar ansiedade, medo e baixa autoestima”, registra o trecho que trata do bullying, “existe a necessidade de uma atenção redobrada do corpo docente e funcional da escola e, caso sejam evidenciados sinais que apontem fragilidade emocional da vítima, a família deverá ser orientada a encaminhar a criança ou o adolescente ao devido acompanhamento terapêutico, buscando apoio também junto ao Conselho Tutelar, principalmente em relação aos agressores, para que sejam advertidos, visando assim a diminuir a repetição de tais comportamentos indesejáveis”. Cerca de 1.200 professores trabalham como mediadores de conflitos em mil escolas estaduais.
Embora o bullying seja uma das razões apontadas para o que aconteceu em Realengo, os reais motivos jamais serão identificados. E ainda não se sabe se casos como esse vão se repetir. Dias depois da tragédia, o professor e educador Julio Groppa Aquino, da Universidade de São Paulo (USP), advertiu: “O momento exige sobriedade e certo distanciamento, à moda dos antigos, de modo que seja possível decantar as informações, e não ser assediado por elas”. E concluiu: “Aos que creem no sobrenatural, cabe rezar pelos que foram. Aos demais, resta-nos apenas um nó na garganta, um nó que não desata”.

sábado, 10 de setembro de 2011

Energia a preço justo


 "Apoie a campanha para reduzir o valor da nossa conta de luz".
 http://www.energiaaprecojusto.com.br/entenda.asp
Entenda as tarifas de energia
A energia brasileira é uma das mais caras do mundo, quando tem tudo para ser a mais barata
Isso pode mudar. Isso tem que mudar
No Brasil, 77% de toda a energia produzida vêm de usinas hidrelétricas, a fonte mais barata que existe. Mas a construção das usinas e sistemas de transmissão e distribuição é um investimento bilionário. Para viabilizar essa construção, o governo faz contratos de concessão com empresas e o investimento é recuperado cobrando-se um valor adicional nas contas de luz. Portanto, quem paga pela construção do sistema elétrico é o consumidor. As contas são mais altas no período de amortização. Porém, passados 35 anos, limite máximo definido pela lei para a recuperação do investimento, a tarifa tem que baixar, e muito...
Tem que acabar. A conta já está paga.
As concessões das usinas mais antigas do Brasil venceram em 1995. Na época, as companhias receberam compensações bilionárias, equivalentes a aproximadamente 144 bilhões de reais, em valores de hoje. Além disso, tiveram seus contratos prorrogados sem leilão, sem concorrência, por mais 20 anos, totalizando uma media de 56 anos de concessão. Ou seja, os brasileiros já estão pagando essa conta há mais de cinco décadas. Tempo mais que suficiente para pagar os investimentos. Esses contratos vencerão de novo em 2015.
Pode. Basta cumprir a lei.
A lei atual não permite novas prorrogações e determina que sejam feitos leilões para novos períodos de concessão. O Brasil está diante de uma oportunidade: a partir de 2015, terminam os contratos de 82% das linhas de transmissão, de 40% da distribuição e de 112 usinas hidrelétricas (28% da geração). Os novos leilões devem ser realizados pelo critério de menor tarifa. Hoje, o preço médio da energia comercializada por essas usinas é R$ 90,98 por megawatt/hora. No entanto, nos leilões mais recentes de concessão (usinas de Santo Antonio, Jirau, Belo Monte e Teles Pires) o preço médio dessa energia, descontada a amortização dos investimentos, foi R$ 20,69 por megawatt/hora, em média. Ou seja, 77% mais barata.
Com a realização de novos leilões para os contratos que vencerão a partir de 2015, estima-se que a economia para os consumidores poderá chegar a 918 bilhões de reais, em 30 anos. Ou 30 bilhões de reais por ano, o que daria para manter mais dois programas sociais do tamanho do Bolsa Família.
Competitividade.
Reduzir o preço da energia permitirá que as famílias economizem na conta de luz, que os produtos fiquem mais baratos, que as pessoas comprem mais. Isso movimenta toda a economia, gera empregos, enfim, todo mundo ganha.
O lobby de poucos.
Os atuais concessionários querem dar algum desconto para manter tudo do jeito que está, ignorando o cumprimento da lei e os direitos dos consumidores. Afinal, há muito dinheiro em jogo. Estão pressionando o governo e o Congresso para mudar a lei e prorrogar os contratos mais uma vez, sem leilões, prejudicando todos os brasileiros. Um absurdo.
Uma economia estimada em 30 bilhões de reais por ano para o governo, empresas, hospitais, escolas. Para todo o povo brasileiro.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Brasil tem desmotivação policial ou gestão incompetente?

http://policiaedireitoshumanos.blogspot.com/2011/09/brasil-tem-desmotivacao-policial-ou.html

Brasil tem desmotivação policial ou gestão incompetente?

Esse texto tem aspectos ligados diretamente a realidade do nosso sistema de Segurança Pública, principalmente das dificuldades internas e externas que enfrentamos. Pensar sobre segurança pública é uma necessidade premente. Não há dignidade humana desatrelada do direito a segurança e isso inclui o direitos dos profissionais que trabalham e se submetem as duras provas diariamente. Muitas vezes perdemos a batalha para a violência, para a corrupção, perecemos e somos esquecidos. Chegamos tarde onde deveríamos estar onipresentes. Infelizmente a onipresença não é afeta a nós mortais, mas assim mesmo sentimos como se fosse nossa culpa. Mas será que é "somente" nossa culpa? 
Para pensar e refletir em sociedade.

Brasil tem desmotivação policial ou gestão incompetente

Por: Osvaldo Mattos (publicado em 23/08/2011 - www2.forumsegurança.org.br )

Todo ser humano necessita de motivações, quer seja no ambiente profissional ou na vida pessoal.
No caso das atividades de risco, este importante tema deve ser lembrado diariamente pelos gestores de comando e gerenciamento profissional.
Pensando bem sobre o assunto, resolvi escrever este artigo que destaca um momento muito particular que vivemos em relação a segurança pública. Que possa servir de reflexão para você que é inteligente e que como todo ser humano também é movido por motivações.
Os motivos pelos quais destaco os pontos a seguir são por perceber, convivendo com essa realidade policial, o quanto essa instituição é carente em vários aspectos, principalmente de uma história e de uma remuneração digna.

1. O grande efetivo dos policiais brasileiros são honestos, correm riscos constantes e ganham pouco.
2. Estes homens e mulheres são colocados diariamente nas ruas sem equipamentos de segurança adequados, com armamentos ultrapassados, treinamento insuficiente, reciclagem profissional quase que inexistente e péssima política de carreira e salários.
3. A grande maioria dos cabos, soldados e agentes de polícia moram em locais não condizentes com sua situação de agentes da lei, tendo como vizinhos marginais e traficantes.
4. Os quartéis e delegacias de policia são o exemplo maior do descaso e falta de respeito, antigos, mal tratados, sem conforto, ultrapassados e às vezes até sem condições de higiene.
5. Em alguns estados os policiais não recebem uniformes há mais de um ano e tem que trabalhar com as botas rasgadas, furadas e roupas esfarrapadas.
6. Existem policiais que só vieram a disparar um tiro após o término dos seus 6 meses de curso de formação, (caso dos praças), na rua e já em combate com os bandidos, ou seja no período de formação não conseguiram treinar por falta de verbas para comprar balas.
7. Os marginais a cada dia que passa têm menos respeito pelos policiais recebendo-os sempre à bala, assassinando e espancando quando identificam um policial nas ruas, mesmo que ele não esteja de serviço.
8. Os oficiais de alta patente e delegados cardeais que comandam as corporações são indicados por polí¬ticos e para garantirem os seus cargos, com gratificações, carros com motoristas e mordomias, evitam relatar a real situação de seus comandados para não gerar aborrecimentos aos governantes; resolvem sempre dizer que o necessário é comprar novas viaturas, criar e enfeitar grupos especiais e usar propaganda que o sistema está melhorando escondendo e modificando dados de violência. Sem falar às vezes que um policial é transferido ou desmoralizado por ter legalmente ferido os interesses políticos de alguns poderosos.
Ao longo de minha vida como filho, irmão, sobrinho, primo, cunhado de policiais; além de pesquisador do tema segurança há mais de 18 anos, tenho testemunhado e vivido situações extremamente constrangedoras, para exemplificar vou citar algumas:
Vários policiais já foram trabalhar sem conseguir tomar café da manhã com seus filhos e companheiros por falta do que comer; alguns policiais vivem com a família graças ao apoio de familiares e amigos, tenho amigos que moram de favor nos aposentos de empregadas de conhecidos, outros improvisam barracos em favelas, outros moram nas casas dos pais e alguns solteiros se submetem a morar em alojamentos imundos e mal cuidados dormindo em camas sem colchão ou até em chão forrados por papelão e pedaços de pano. Testemunhei viaturas paradas e sem poderem realizar rondas ostensivas por falta de pequenos consertos e com limitação de combustível. Várias recebem seguros irrisórios que não garantem nem um ano básico da família e sobrevivem com pensões que mal dão para se sustentar.
Os agentes de segurança pública brasileiros, arriscam suas vidas e dos seus familiares, diariamente, para prender infratores em flagrante delito, mas no outro dia esses marginais estão soltos nas ruas zombando dos policiais e praticando novos crimes, sem falar que às vezes terminam matando e ferindo os policiais que o prenderam. Por conta de uma impunidade constante e brechas jurídicas apoiados por advogados sem ética e financiados por marginais. Só para ilustrar no ano passado a policia prendeu em flagrante quase 200.000 pessoas e menos de 5% estão respondendo processo sendo a maioria em liberdade. A maioria dos assaltos, assassinatos, estupros e demais crimes são praticados por pessoas que já tinham passagem pela policia.
São inúmeros absurdos e descasos que os policiais são vítimas diariamente em todos os estados deste imenso país, uma realidade bem diferente de outros países que estão conseguindo reduzir os índices de violência. Temos uma política de total desmotivação policial.
É importante que a população tome conhecimento da realidade policial e, desta forma, possa participar, cobrando das autoridades uma maior valorização e qualificação da polícia e, conseqüentemente, possa exigir dela maiores responsabilidades.
Reflita que apesar de toda essa desmotivação a grande maioria dos nossos policiais continuam arriscando a vida, prendendo marginais, presentes em todos os recantos do Brasil.

(Osvaldo Matos- Publicitário, sociólogo e especialista em marketing e comércio exterior)

Conselhos comunitários de segurança: promessa participativa ou ameaça?

Conselhos comunitários de segurança: promessa participativa ou ameaça?

Fórum Brasileiro 31 de agosto de 2011 às 10:47h

Por Luciane Patrício*

A participação passa a ganhar valor e sentido nas relações sociais e nas relações entre Estado e sociedade no Brasil a partir da década de 70. É a carta magna de 88 que prevê o direito da sociedade de articular com os órgãos de governo a formulação, implementação e acompanhamento das políticas públicas, colocando em pauta a participação popular na gestão e no controle da administração pública.

Normalmente definidos como espaços consultivos cujo objetivo é, dentre outros, aproximar as instituições policiais da sociedade, fazendo com que esta passe a contribuir com o controle e a redução da violência e da criminalidade, os conselhos comunitários de segurança representam um desses mecanismos de participação social inventados pelo Estado com o objetivo de fazer com que a população contribua na gestão das políticas públicas de segurança.


Não se trata de uma tarefa trivial. População e suas polícias permaneceram distantes durante décadas e este distanciamento pode ser explicado por diferentes razões. No nosso caso a chamada “segurança pública” durante muitos anos foi vista mais como uma faculdade do Estado do que um “direito social” propriamente dito. A “segurança pública” foi muito tardiamente pensada como algo que deveria ser compartilhado com os cidadãos.

A invenção dos conselhos comunitários de segurança data do início da década de 80, mas esta experiência é intensificada e disseminada no Brasil a partir de 2002, ano que coincide com publicação de modificações na lei do Fundo Nacional de Segurança Pública. A bibliografia sobre o tema reconhece o caráter híbrido dos conselhos, visto que congrega, no mesmo espaço sócio-político, atores do Estado, do governo, da “sociedade civil organizada” e da comunidade política como um todo. Esse modo sui generis proporciona à comunidade uma espécie de “tempo de participação na política”, diferente e independente do “tempo das eleições”, permitindo aos seus atores o seu “dia de cidadão”, atribuindo ao conselho um lugar onde é possível observar um processo pedagógico voltado para a criação de um tipo de cidadão, um “cidadão-participante”.

No entanto, a institucionalização dos conselhos comunitários de segurança como política participativa não é objeto de consenso. Ainda que seja reconhecido seu caráter inovador, não raro a bibliografia disponível sobre o tema aponta para a existência de estratégias de privatização do direito à segurança na sua composição e no interior das reuniões. Outro aspecto mencionado reside na baixa capacidade dos conselhos de influenciarem na solução dos problemas concretos apontados pelos moradores da região, ou ainda a reificação de discursos preconceituosos e de estereótipos de determinados sujeitos, como “prostitutas”, “pobres”, “favelados”, “viciados” e “mendigos”, apenas para dar alguns exemplos.

De uma forma ou de outra, o conselho comunitário de segurança não deve ser interpretado simplesmente como uma grande promessa à democracia participativa ou, em contrapartida, como uma grande ameaça. É importante perceber o conselho comunitário de segurança como um espaço que permite que novas práticas e novos sentidos da participação sejam dramatizados, para além dos objetivos planejados pelo governo. As práticas de preparação da reunião, as performances de distribuição da palavra e da escuta, as discussões que são encenadas nos encontros e as estratégias de manutenção deste espaço revelam uma interessante experiência.

Se é correto afirmar que a cidadania é algo que se aprende a partir do compartilhamento de espaços de negociação e construção constantes, os conselhos também podem ser compreendidos como um lugar de aprendizado deste tipo de cidadania que se pretende exercer, onde mestres e aprendizes se revezam em diferentes estágios de iniciação.

*Luciane Patrício é membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e integrante do Instituto de Estudos Comparados em Administração Institucional de Conflitos (INCT/InEAC). Antropóloga, servidora da Secretaria Nacional de Segurança Pública e professora da Universidade Católica de Brasília

Extraído de: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/conselhos-comunitarios-de-seguranca-promessa-participativa-ou-ameaca, em 31 ago 2011.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

PSDB retira mais de 78 milhões da Secretaria de Segurança Pública

terça-feira, 6 de setembro de 2011

/ On : Terça-feira, Setembro 06, 2011 - Contribua com o Transparência São Paulo; envie seu artigo ou sugestão para o email: transparenciasaopaulo@gmail.com
 
Será esse o perfil que  um governo verdadeiramente preocupado com a vida e segurança de seus cidadãos deveria ter?????


  
Publicado pelo PT na Assembleia:

Governo de SP retira mais de R$ 78 milhões da Secretaria de Segurança 

A população do Estado de São Paulo assiste acuada ao crescimento da criminalidade. Os ataques a caixas eletrônicos aumentam assustadoramente. Levantamento da imprensa apurou que, de janeiro até agora, 105 casos de ataques a estes equipamentos aconteceram no período noturno, somente na Região Metropolitana de São Paulo. Foram 50 ações na Capital e 55 na Grande São Paulo. Em 72 dos 105 casos, os bandidos utilizaram explosivos; e em 36 deles as máquinas estavam instaladas dentro de supermercados. O interior do Estado também tem sofrido com este tipo de crime.
O governo do Estado permanece omisso. Faltam investimentos em inteligência policial, essencial na prevenção e repressão ao crime organizado.
O orçamento da secretaria para 2011, previsto em lei, era de R$ 11,9 bilhões. De janeiro até agora, o governo tucano retirou mais de R$ 78 milhões para suplementar outros órgãos do Estado.
“Este é o reflexo da falta de uma política de Segurança Pública para o Estado de São Paulo”, destaca o líder da Bancada do PT na Assembleia Legislativa, deputado Enio Tatto.

Riscos ao cidadão

Nas explosões dos caixas, além do intolerável crime ao patrimônio, os bandidos expõem o cidadão comum ao risco de perder sua vida, em uma destas explosões.
Os caixas eletrônicos fora dos bancos que, antes, eram uma comodidade para a pessoa que, em qualquer horário, e em vários pontos comerciais, poderia retirar dinheiro. Agora, está o comércio sob o risco de ser alvo de uma explosão, seus funcionários, os frequentadores e as pessoas passam ou moram no entorno.

Só nas últimas 48 horas

Quatro caixas eletrônicos foram atacados por criminosos, na madrugada desta quinta-feira (1/9). Dois na Zona Sul da Capital, um no município de Jacareí e outro em Rio Claro. Em todos os casos, os bandidos explodiram os caixas, estavam fortemente armados e conseguiram fugir levando parte de dinheiro.