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terça-feira, 26 de abril de 2011

Os empregados do povo


Desde quando li esse texto, no ano passado, já o encaminhei a milhares de pessoas. Além de, sempre que possível, abordar a questão em rodas de amigos. Pois trata-se de um artigo atemporal sobre o qual possamos reflitir em qualquer tempo ou época.

Tenho convicção de que, brevemente,  o povo irá acordar e aprender a cobrar o que é seu por direito.
Um dia,  aprenderemos a nos valorizar e passaremos a exigir que os políticos façam jus aos altos salários, pois somos vossos patrões.

Portanto, caros colegas, reflitam sobre o assunto.


Tânia - Escripol em São Paulo

Os empregados do povo

quarta-feira, 8/julho/2009

Papéis invertidos, mentira em verniz de verdade, são ambos casos socialmente curiosos, perfeitamente factíveis no hodierno contexto. O caso que mais me vem à cabeça é o comportamento paradoxal de alguns dos políticos. Em um momento, às festejadas eleições, estão sorridentemente comendo à mesa do povo aos abraços de juras de amor eterno. Em outro, estão recolhidos nos recônditos de seus escritórios, quase ninguém mais os vê com tanta frequência, nem mesmo aqueles responsáveis por colocá-los no poder. Mas qual a hierarquia? Se o povo proporciona o poder ao político, logo esse é dependente daquele. Então, infere-se que o político eleito deve ao povo um trabalho, um projeto, uma produção, um resultado. Daí concluí-se que os políticos estão subordinados ao povo que decide sua entrada e até mesmo, se for o caso, sua saída do poder. O problema é que o povo, ah, o povo, não sabe disso, ou se sabe finge que não sabe. Por isso, o povo comporta-se como se fosse empregado dos políticos, esperando que eles decidam o que fazer, sem ao menos guiá-los, liderá-los. Não, não, não, não. Tá tudo errado. No mundo político a hierarquia é diferente e o povo está no topo. Os políticos trabalham para o povo. Então, o povo é o empregador dos políticos. Ele é quem paga seus altos salários quando compra um quilo de feijão na “budega” do Seu João. Ele, sim, ele, o povo, é quem paga para eles pensarem e agirem. Ele, sim, ele, o povo, é quem dá as cartas, quem admite e quem demite. Então, vamos inverter a inversão desse papel e colocar tudo no seu devido lugar. Senhoras e senhores eu vos apresento o patrão de todos os políticos brasileiros: o povo brasileiro.
Calma, imagino que você até está mais feliz por saber disso e que, inclusive, pensou em comprar um terno alinhado e uma gravata bacana para parecer um executivo. Mas, não precisa de tanto. Você é importante aí na sua simplicidade mesmo. Isso, chefe, é você quem decide. A Dona Maria que vende cocada, o Seu João que vendo Cuscuz, o Seu José que vende tapioca. Você, Zé da Feira, ou você, Chicão dos Caranguejos, não importa quem você seja ou o que faça, é um cidadão e faz parte do grupo dos patrões dos políticos que estão aí para trabalhar para o povo. Então, feita a desinversão dos papéis, e apresentados os atores, vamos explorar mais um pouco as nuances dessa relação tão diária e duradoura.
Você, cidadão, tem empregados que trabalham diariamente para criar leis e executá-las em seu benefício, em benefício do povo. Se você não assumir sua posição de patrão, ah, sinto muito dizer, mas você vai ser tapeado, com certeza. Vai porque o patrão não pode eximir-se da função de líder, pois se assim o fizer estará colocando seus subordinados num barco sem rumo. Ora, como pode um deputado trabalhar para o povo se o povo não o inspecionar de perto, mandando emails, perguntando, exigindo, investigando, colhendo informações, olhando de perto seu trabalho diário? Não funcionam as empresas assim? Quando não há um líder o barco fica sem direção. A liderança é necessária, pois caso não exista um líder, então, vários líderes aparecerão e haverá conflito. Então, quando o povo não assume a função de responsável pelos políticos, logo os políticos invertem os papéis e pensam ser eles os manda-chuva. Opa, nada disso. Os políticos não são meninos, eles sabem que o povo os elegeu, o povo pode tirá-los de lá e que o povo tem uma lista de exigências para o bem da sociedade e que eles devem lutar por isso e prestar conta disso, como fazem os subordinados aos seus patrões.
Portando, você tem cumprido bem seu papel de líder cidadão? Tem inspecionado o político em quem você votou? Tem procurado saber o que ele anda fazendo? Você tem olhado se seu trabalho tem a qualidade necessária para que você o pague com seus impostos o tanto que ele ganha? Você tem visto se ele está sendo assíduo, se está participando ativamente, se está por dentro dos problemas da sociedade? Sim, claro, como não poderia deixar de ser, você tem exigido capacitação profissional dos seus empregados políticos? Você sabe se ele já fez uma preparação para assumir o cargo tão importante que ocupa? A mão de obra que você colocou no poder tem qualidade realmente? Está certo disso? Bota a mão no fogo por ele? Senão, exija imediatamente uma preparação desses seus políticos empregados para que o País, o Estado e a Cidade não sofram. Por isso você, patrão, povo, líder, deve buscar sempre a resposta para essa pergunta: meu empregado político produziu alguma coisa hoje?

Win Rodrigues - wintemberg@digi.com.br

Comentário Empreendedor

Win 
Rodrigues

Win Rodrigues, 30, é administrador pela UFRN e escritor, autor do livro (teatro) Dr. Gänsehaut. Escreve, normalmente às quartas-feiras, sobre assuntos diversos sob a ótica do empreendedorismo. Twitter.

Movimento Unificado dos Trabalhadores da Segurança Pública

Esse tipo de mobilização deveria se estender para todo o território nacional. Hoje, um  agente de segurança (civil, militar, municipal, estadual federal) sofre diariamente na pele o descaso de seus governantes e dirigentes. Não têm boa estrutura de trabalho, salários baixíssimos (diante da complexidade de suas atribuições e da periculosidade a que estão expostos), sofre ASSÉDIO MORAL constantemente. Diante disso, o que esperar desse profissional que, em âmbito nacional, encontra-se desestimulado e entristecido com sua condição atual? Qual será o retorno que esse profissional, desvalorizado constantemente, dará à sociedade?
Será que não está na mais do que na hora dos 'doutores e mestres' em segurança pública discursarem menos e agirem mais?
O sistema de Segurança Pública no Brasil está falido. Em respeito ao cidadão, pagador ou não de impostos, esse modelo precisa ser revisto urgentemente.

Tânia


Policiais civis entram em greve e militares ameaçam aquartelar

Policiais militares, civis e agentes penitenciários deflagraram mobilização conjunta que deve levar à paralisação da segurança pública em Alagoas. Na manhã desta segunda-feira (25), representantes de diversas categorias que constituem o Movimento Unificado dos Trabalhadores da Segurança Pública reuniram-se com representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) para anunciar um calendário comum de mobilização. Eles rejeitam a política salarial anunciada pelo governo do EStado e criticam o que chamam de cerceamento ao direito de greve
Mesmo com a decisão da justiça decretando a greve ilegal, os policiais civis paralisam suas atividades nesta terça-feira (26). Os agentes penitenciários fazem assembleia no Sistema Prisional, também com indicativo de greve, e às 15h, os policiais militares reúnem-se na Praça Deodoro e podem decidir pelo aquartelamento. “Só depende do governo. Nós queremos o que é garantido por lei, não queremos tratamento diferenciado, nem generalizante. Queremos tratamento isonômico e o governo não quer negociar. Estamos na iminência do aquartelamento, mas isso depende do Governo”, anunciou o ex-presidente da Associação de Cabos e Soldados, Wagner Simas.
Questionado sobre o regimento da carreira militar, que veta o direito de greve, ele disse que há outros meios de mobilização. “Temos estratégias para garantir nosso direito de reivindicar”, disse o militar, que afirma que há a possibilidade de aquartelamento. “Esperamos pela negociação com o governo, mas não houve avanços. Estamos na iminência do aquartelamento, mas isso é o governo quem vai decidir”, avisou o militar.
Em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (25), representantes das diversas categorias vinculadas à segurança pública, apoiados por lideranças comunitárias e pela CUT, fizeram sérias críticas à política de segurança e à política de gestão pública do governo do Estado. “O governo Téo Vilela tem dito que não pode conceder reajuste por causa do limite da Lei de Responsabilidade Fiscal. No entanto, em 2010, o governo gastou apenas 45% da receita corrente líquida com pagamento de servidores, quando o teto é de 49%. O governo de Alagoas foi o que menos gastou com salários no Brasil”, afirmou Luiz Gomes, o Professor Luizinho, representante da CUT na reunião.
Os sindicalistas também criticaram o Poder Judiciário, a quem acusam de subserviência ao Poder Executivo, nas decisões favoráveis à ilegalidade das greves. “Já existe um modelinho pronto no Tribunal de Justiça. É só chegar a ação, que qualquer juiz já usa o modelinho para inviabilizar a mobilização dos servidores”, afirmou o Prof. Luizinho. “Pelos termos da decisão da Justiça na última greve, está decretada a ilegalidade da greve no sistema penitenciário, para sempre”, completou o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Jarbas Souza. “Mas não vamos nos intimidar. Se nos tirarem o direito de fazer greve, vamos fazer uma guerra”, avisou o sindicalista.
Os representantes dos policiais militares afirmaram que além do Judiciário, que anteciparia a decretação de ilegalidade das greves, respondem a sindicâncias internas por insubordinação. “Nós não podemos fazer greve e o Comando da Polícia Militar já abriu uma sindicância para apurar se houve excessos na nossa ação após reunião com a Secretaria de Gestão Pública, há 15 dias. Mas ninguém questiona se o governo tem o direito de descumprir o que a lei determina”, questionou o cabo Wagner Simas, da Associação de Cabos e Soldados. “Nós não estamos pleiteando reajuste, a gente quer que nos seja repassado o que foi acordado com o Governo”, afirmou.
As ações de mobilização começam nesta terça- feira (26) com a greve da polícia civil. Às 9h, os agentes penitenciários fazem assembleia no sistema prisional, com votação do indicativo de greve e às 15h, as associações de policiais militares reúnem-se na Praça Deodoro, onde decidirão se haverá aquartelamento. Os militares informaram que esperam pela posição do governo até a hora da assembleia.
Participaram da reunião representantes do Sindicato dos Policiais Civis, da Associação de Cabos e Soldados (ACS) da Polícia Militar, Associação dos Oficiais Militares (Assomal).

Mais uma senana...


Mais uma semana...
Que seja de muita paz e harmonia.