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quinta-feira, 28 de abril de 2011

PC / Alagoas - Greve da Polícia conquista adesão total dos policiais civis

http://ne10.uol.com.br/canal/cotidiano/nordeste/noticia/2011/04/27/greve-da-policia-civil-em-alagoas-garante-adesao-total-268574.php

28/04/11 - Alagoas


Foto: Josiane Calado      Greve da Polícia conquista adesão total dos policiais civis

   
    O Sindpol parabeniza os policiais civis pela greve, deflagrada desde segunda-feira (26), a qual conta com adesão total da categoria na Capital e no interior de Alagoas.
   
    O presidente do Sindpol, Carlos Jorge da Rocha, destaca a unidade dos policiais para manter fortalecido o movimento paredista, apesar das ameaças por parte do governo, e ressalta que o movimento será vitorioso se os policiais continuarem mantendo a greve fortalecida.
   
    O sindicato também convoca toda a categoria para participar das atividades promovidas pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) no dia 1° de maio, Dia do Trabalhador. A concentração a partir das 9 horas, no Posto Sete, na Jatiúca.
   
    O governo ainda não acenou com nenhuma negociação junto aos policiais civis. A orientação do Sindpol é que os policiais civis parem todos os serviços, inclusive as prisões em flagrantes, que em greves anteriores eram mantidas, mas por conta da decisão antecipada de ilegalidade do movimento paredista também estão suspensas.
   
    Os policiais civis de Alagoas estão sem reajuste salarial há dois anos. A categoria reivindica piso salarial de 60% da remuneração do delegado de polícia. Atualmente, o policial em início de carreira ganha R$ 1.800,00 e o delegado R$ 12.000,00.
   
   
   
    Assembleia unificada

    Milhares de policiais cobram melhoria salarial em passeata

    Policiais militares decidem aquartelamento a partir do dia 2, caso governo não atenda a reivindicação
   
    Quase três mil policiais civis, militares e agentes penitenciários saíram em passeada pelo Centro de Maceió mostrando a força da unificação da luta dos profissionais de segurança pública contra o descaso do governador Teotônio Vilela Filho com os salários das categorias.
   
    A passeata ocorreu após a realização da assembleia unificada dos policiais militares, na Praça Marechal Deodoro, em frente ao Tribunal de Justiça, na última terça-feira (27). O Movimento Unificado dos Profissionais de Segurança Pública voltou a recusar a proposta salarial de 5,91% do Governo do Estado e exigir dignidade salarial.
   
    Os manifestantes teceram críticas ao Judiciário Alagoano que vem reprimindo os movimentos paredistas em Alagoas. O diretor da Cobrapol, José Carlos Fernandes Neto, o Zé Carlos, reafirmou a unidade dos policiais, destacando que se prender um policial, terá que prender todos.
   
    Durante as exposições das lideranças, o diretor Financeiro do Sindpol, Antonio Zacarias, defendeu a atenção aos contratos e reformas realizadas pelo Governo do Estado. O sindicalista citou o contrato sem licitação de R$ 5,278 milhões com a empresa Macroplan – Prospectiva, Estratégia e Gestão para prestação de serviço de assessoramento e as reformas desnecessárias e orçamentos suspeitos nas delegacias de Maceió, quando a maioria já havia passado por reformas recentes.
   
    Pleitos
    Os policiais civis estão em greve reivindicando 60% da remuneração dos delegados de polícia. Já os militares querem reajuste salarial de 7%, correção dos quinquênios e perdas salariais corrigidos por ação na Justiça e que, até agora, desde o governo passado, não foi implantado. “A tropa está insatisfeita. O problema é que temos uma hierarquia a seguir, senão já estaríamos parados como os policiais civis” - declarou cabo José Soares, presidente da Associação de Cabos e Soldados.
   
    O presidente da Associação dos Oficiais Militares, major Wellington Fragoso, declarou que o prazo para um posicionamento definitivo por parte do governo, no que se refere a um novo percentual de reajuste diferente dos 5,91%, se vence na sexta-feira (29). “Caso não seja positivo, sairemos para as ruas. Será aquartelamento ou Operação Padrão” - disse Fragoso.
   
    Ao chegar a frente ao Palácio do Governo, as lideranças militares, a exemplo do presidente da Associação dos Praças, Wagner Simas, informaram que se o governo não atender o pleito dos militares, os policiais vão se aquartelar. O presidente da Associação dos Agentes Penitenciários, Jarbas Souza, informou que os agentes penitenciários entrarão em greve a partir do dia 2 de maio.
   
    A passeata se encerrou com um cerco dos policiais civis, militares e agentes penitenciários ao redor do Palácio do Governo, simbolizando a prisão do governo pelos 8.198 assassinatos em quatro anos.
   
   
    1º de Maio: Sindpol convoca policiais para atividades no Dia do Trabalhador
   
   
    O Sindpol convoca os policiais civis para participar das atividades comemorativas ao Dia do Trabalhador, que ocorrerá a partir das 9 horas, no Posto Sete, Praia de Jatiúca.
   
    Na programação, as entidades sindicais e movimentos sociais planejam realizar uma grande passeata que vai partir do Posto Sete até o Alagoinhas, na Ponta Verde. Os manifestantes vão fazer um bolo no valor R$ 5,91 - valor que simboliza o percentual de aumento para o funcionalismo público proposto pelo governo – para dividir entre os participantes.
   
    De acordo com o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT/AL), Isac Jackson, os trabalhadores vão fazer uma parada simbólica em frente ao prédio onde o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) reside. Lá, eles vão partir o bolo e fazer a divisão entre os servidores. A intenção é chamar a atenção do Executivo para as reivindicações gerais e específicas das categorias.
   
    Na programação, haverá a V Corrida do Trabalhador e encerramento com atrações musicais de ZM e Trio Nó Cego.
   
    Operação Padrão
    Delegado se recusa a ir ao local do crime, policiais fazem BO
   
    Os policiais civis da Delegacia de Homicídio foram convocados para fazer o levantamento de homicídio, ocorrido no dia 22 de abril. Ao solicitar o acompanhamento da autoridade policial, o delegado que fazia plantão na Central de Polícia, recusou-se, alegando que o Código do Processo Penal não deixava claro que é dever dele ir ao local do crime.
   
    Para se resguardar, o policial civil fez um Boletim de Ocorrência, citando o artigo 6° do CPP. O diretor Financeiro do Sindpol, Antonio Zacarias, elogiou a coragem do policial, destacando que dessa forma, o policial está conquistando sua valorização. “Dessa forma, o policial acaba com essa cultura negativa de “dá um jeitinho” para resolver os problemas da segurança pública, reflexo dessa política equivocada do governador Téo Vilela e do seu vice Thomaz Nono. O descaso com a investigação é o que faz crescer assustadoramente o número de homicídios no Estado”, alerta.
   
   
    Greve é intensificada no Deic e na Delegacia das Mulheres
   
    O comando de greve visitou os policiais da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), da Delegacia das Mulheres, do Instituto de Identificação e da Central de Inquéritos, promovendo um trabalho de conscientização.
   
    No Deic, os policiais estão sofrendo pressão para trabalhar. O diretor da Cobrapol, José Carlos Fernandes Neto, o Zé Carlos, destacou que não dá mais para improvisar, de fazer diligência com colete à prova de bala com prazo vencido. “O policial não pode utilizar seus equipamentos e armamentos pessoais como o notebook, armas e munições. Veja os 8.200 homicídios em quatro anos em Alagoas. Isso representa uma cidade dizimada”, alertou.
   
    Para o 2° vice-presidente, Edeilto Gomes, o Estado tem que apresentar uma proposta de valorização dos servidores. “Da forma como está, não teremos condição de garantir nossas vidas, imagine como fica a população”
   
    O presidente do Sindpol, Carlos Jorge da Rocha, reforçou o engajamento dos policiais na greve, destacando que a categoria tem que fazer: trabalho zero.
   
    Os sindicalistas também conversaram com a chefe de Operações da Delegacia das Mulheres quanto à adesão ao movimento grevista. A policial disse que só estava terminando de atender as intimações antes da deflagração da greve. Segundo ela, nenhuma intimação foi entregue após a greve. A chefe manteve seu compromisso com a luta dos policiais por melhoria salarial e condições dignas de trabalho
   
    O governo ainda não acenou com nenhuma negociação junto aos policiais civis. A orientação do Sindpol é que os policiais civis parem todos os serviços, inclusive as prisões em flagrantes, que em greves anteriores eram mantidas, mas por conta da decisão antecipada de ilegalidade do movimento paredista também estão suspensas.
   
    O mesmo trabalho de conscientização e fortalecimento do movimento grevista foi feito no Instituto de Identificação e na Central de Inquéritos.
   
   
Direto de Maceió,
    Jornalista Josiane Calado

3 comentários:

  1. Pelo andar da carruagem, vão extinguir em todo país a P.Civil, e encaminhar os funcionários ao
    Judiciário.O que seria muito bom.
    Que achas? Há possibilidade de que isso venha a
    acontecer?
    Uma polícia a la USA???

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  2. Olha, sinceramente não creio neste fato, pois deveria ser mudado primeiro o artigo na constituição federal e depois na estadual, mas se houver vontade politica mesmo, depois disto pode ocorrer, mas volto a repetir, na minha opinião isso não ocorrerá. Vários fatores e vaidades corroboram para solidificar o meu pensamento.
    Quanto ao post acima, relembro apenas que a REPUBLICA DAS ALAGOAS, que todo mundo deveria se lembrar, é um dos estados mais pobres da União e segundo o mesmo post paga 12 mil para um delegado e 1,8 a um operacional.
    Maceió é uma cidade muito violenta, assim como o Recife, se for levar em conta os homicídios lá, proporcionalmente claro, são em maior numero que aqui, mas o crime contra o patrimonio é menor.
    Desejo mesmo, que eles consigam suas reinvidicações e que isso sirva de incentivo para as demais Policias Judiciarias deste Brasil exigirem no minimo o que dita a lei.


    C.A.

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  3. Caro anonimo,

    Sábias palavras,vejo que acompanha e conhece o nrs da criminalidade, pelo país afora, no entanto
    longe dessas terras elitizadas, há união e coesão, já por aqui,não temos nada, nem sequer esperanças de que os sindicatos se posicionem,e se unam, cada um por si,e Deus por todos.São Paulo está fadado à deixar de ser referência, para ser citação jurídica de casos de inconstitucionalidade.

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