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domingo, 13 de março de 2011

Policiais de São Paulo não aguentam mais. Estão indo embora

Esse MAL não é privilégio dos delegados. Todas as carreiras são mal remuneradas. Grande parte do efetivo possui dois ou três empregos para conseguir manter a família, continuar estudando...
Sua maioria está afogada em dívidas com empréstimos além de ter seu nome listado no SPC/SERASA.
O estado que tem o maior PIB do país maltrata seus policiais deixando-os à mingua.
Triste situação dos policiais de São Paulo. 

Tânia


SEGURANÇA

http://www.diariosp.com.br/_conteudo/2011/03/44195-se+eu+ficasse+em+sao+paulo+jamais+teria+uma+casa+propria.html

12/03/2011 22h11

'Se eu ficasse em São Paulo, jamais teria uma casa própria'

DIÁRIO SP

O delegado Marcos Araguari de Abreu, de 32 anos, é um dos policiais que entraram no êxodo para outros estados em busca de melhor salário. Até 2008, ele trabalhou em delegacias na Zona Leste de São Paulo, quando passou em um concurso para ser delegado no Paraná. "Minha vocação é ser policial. Meu pai trabalhou como escrivão na região de Bauru durante 20 anos. Tenho muito orgulho da profissão, mas com o salário inicial de delegado jamais conseguiria comprar um imóvel. Decidi mudar por causa do salário", conta.

Ele trabalha como delegado no departamento de homicídios de Foz do Iguaçu. "Quando sai de São Paulo recebia em torno de R$ 4 mil líquido. No início aqui já ganhava quase o dobro. Hoje em dia minha remuneração é de R$ 11 mil", compara. A qualidade de vida também melhorou. Em dois anos na polícia do Paraná, o delegado já comprou uma casa. "Quando morava em São Paulo tinha de viajar para ver minha mãe em Bauru. Mal conseguia trazê-la para me visitar. Hoje posso comprar uma passagem aérea para ela vir até Foz do Iguaçu", conta Araguari.

Segundo o delegado, as condições de trabalho também são melhores. "Tenho uma autonomia funcional um pouco maior. Como o salário é melhor, você acaba sendo mais respeitado perante as outras autoridades. Até trabalho mais, mas não me importo porque estou ganhando bem. Sou chefe de unidade e não tenho do que reclamar. A motivação é outra."

Abreu diz que tinha intenção de seguir carreira em São Paulo. "Na época, eu sabia que seria difícil uma melhora imediata. Tinha intenção de ficar por causa da família. Não me arrependo de ter vindo para cá", finaliza.

Segundo ele, vários colegas estão tentando tomar o mesmo caminho. "Muitos querem vir pra cá. Outros já estão batalhando para mudar para uma profissão, de juiz ou promotor. Enquanto a categoria não for valorizada em São Paulo, essa migração será uma realidade", conta.

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